Paulão revelou novos fatos dos últimos dias vividos no Internacional. Nesta quinta-feira (21), o zagueiro contou que alguns jogadores tiveram carros danificados depois da derrota para o Palmeiras – a quinta consecutiva do time no Campeonato Brasileiro.
Capitão do time, o camisa 25 ainda disse não temer o rebaixamento e afirmou já notar evolução da equipe sob comando de Paulo Roberto Falcão.
“Essa manifestação (protesto) vai ser favorável se vier em paz. Sem arranhar carros, arranharam meu carro e de outros. Ninguém tem medo de ninguém, aqui tem marido, pai e filho de alguém. Se vier para conversar, vamos ouvir”, disse Paulão.
Um dia antes, 30 pessoas foram até o CT do Parque Gigante para reclamar da fase do time. Sem vencer há sete partidas e com cinco derrotas seguidas. Rojões foram disparados e pedras arremessadas em direção ao gramado.
“Eu tenho minha opinião, ela não é favorável a isso (protesto). Mas sou profissional, sei que acontece. Violência gera violência. Para vir e reclamar, protestar, tem que ter motivo. Se acha que tem marginal, vagabundo e mercenário, tem que estudar e se informar antes. Nós estamos aqui com chuva e sol, trabalhando sempre. Esses não são torcedores. Na minha visão, não são torcedores esses caras”, afirmou.
No domingo, depois da derrota para o Palmeiras, torcedores esperaram os jogadores no edifício garagem contíguo ao estádio. Seguranças do local e do Inter tentaram formar um cordão de isolamento e no fim, chamaram a Tropa de Choque da Brigada Militar. Houve confusão e pelo menos um ferido.
“O reflexo disso a gente vê no fim do jogo. Todo mundo preocupado com uma pedrada que pode levar ou acertar o carro. A gente não leva isso para dentro do campo, do vestiário. Não são torcedores, são caras que querem aparecer. Gritar na beira do campo vai mudar o quê? Vamos tentando trabalhar e ao invés de apoiar, vem atrapalhar”, declarou.
Confira outras respostas do capitão do Internacional
PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE PAULO ROBERTO FALCÃO
Tivemos pouco tempo antes do jogo contra o Palmeiras, agora mais um tempo. O primeiro contato está sendo bom, é aquela preocupação e vontade e de trabalhar de todos. Ele mostra uma filosofia diferente. Cada um tem a sua. Estamos aqui para fazer o que ele pede. Contra o Palmeiras já tivemos uma postura diferente. As funções que ele pediu nós obedecemos. Não foi o resultado que esperávamos, mas isso não vai da função. Mostra que nosso time teve evolução. Nós sentimos uma mudança, era preciso mudar mesmo. O jogador tem que acreditar na ideia, nós acreditamos. Como foi com os outros treinadores. Nós compramos a ideia, estamos trabalhando em função disso.
REFLEXO DAS AÇÕES
O reflexo disso a gente vê no fim do jogo. Todo mundo preocupado com uma pedrada que pode levar ou acertar o carro. A gente não leva isso para dentro do campo, do vestiário. Não são torcedores, são caras que querem aparecer. Gritar na beira do campo vai mudar o quê? Vamos tentando trabalhar e ao invés de apoiar, vem atrapalhar. Eu chego em casa, com minha família, e minha cabeça está pensando no jogo e no trabalho o tempo todo. Não adianta chegar aqui e tentar oprimir. Não vai um arranhão ou xingamento que vai nos fazer querer jogar mais. A vontade de jogar é interna, é nossa e não é o torcedor que vai mudar. Eles podem ajudar. Não podemos deixar que isso nos faça ficar menor. Não estamos aqui à toa. Temos que deixar isso de lado e trabalhar.