Rogério Micale não descarta escalar a seleção olímpica com quatro atacantes em sua linha de frente, mas faz apenas um pedido aos atletas: não guardar posição. É desta forma que o treinador acredita que pode furar as retrancas adversárias que deverão encontrar a partir do dia 4 de agosto, na estreia contra a África do Sul, em Brasília, pelo grupo A das Olimpíadas.
Nos últimos dois treinos, o esquema 4-2-4 foi testado. Principal jogador do Grêmio, Luan acredita que não se trata apenas de uma alternativa ao lado de Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol para uma eventual situação de jogo, mas, na verdade, uma possibilidade real para começar a partida. O estilo de cada um deles contribui nesse sentido.
“Micale pode usar quatro atacantes tanto no início do jogo, quanto no meio da partida. Eu joguei futsal e, neste projeto do Micale, acho que o drible curto é muito importante, aprendi no futsal, no um contra um que ele gosta”, afirmou o atacante, em entrevista coletiva.
Ele aposta que essa movimentação pode ser fundamental para “bagunçar as defesas adversárias”. “Pelo que acompanhamos, as outras equipes se defendem bem fechadinhas atrás, acredito que isso possa ser bastante importante para entrarmos na defesa deles, a movimentação dos quatro para bagunçar a zaga deles”, prosseguiu.
O objetivo é evitar o chute longo e chegar até a outra área pelo chão. “Essa ideia de sair jogando pelo chão é muito boa. Micale nos dá muitas linhas de passe: tenho Neymar, Thiago Maia e Rodrigo. E o Prass ainda. Isso é importante para ter transição rápida e chegar com bola no chão ao ataque”, complementa o lateral esquerdo Douglas Santos.
A seleção faz treino regenerativo no restante da tarde e volta a campo neste sábado, às 10h30 (de Brasília).