Ao G1, o senador informou por telefone que está “tranquilo” e que responderá à Justiça. Ele disse que ainda não foi notificado sobre o pedido de Janot.
No pedido encaminhado ao STF na terça (9), o procurador-geral da República afirma que a Lei Maria da Penha pode ser usada no caso. O senador, a estudante e o advogado que a acompanhou quando foi feito um boletim sobre a agressão devem ser ouvidos no inquérito.
A estudante supostamente agredida apresentou duas versões à polícia: na primeira, registrada em dezembro de 2015, ela relata ter apanhado de Mota até desmaiar.
Na segunda versão, apresentada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), ela tentou retirar a queixa e alegou ter sido apenas segurada pelo braço.
Apesar dos depoimentos, o exame de corpo de delito, realizado logo após a primeira denúncia, apontou que a jovem sofreu lesões na cabeça, boca, orelhas, dorso, braços e pernas.
Para a PGR, se Telmário tivesse tão somente segurado para fazer cessar a injusta agressão, a jovem não teria lesões em diversas partes do corpo. Por este motivo, a PGR cita que há elementos suficientes para a instauração de inquérito.
“Ou havia coabitação – pois a vítima afirmou, primeiramente, que vivia maritalmente com Telmário Mota há cerca de três anos e meio -, ou havia relação íntima de afeto, pois a vítima afirmou posteriormente que considerava-se namorada do congressista”, afirma um trecho da manifestação.