Na semana em que o Leicester City encantou o mundo do futebol com um histórico título do Campeonato Inglês, o Grêmio precisava de um milagre próprio em solo argentino para escapar de uma eliminação precoce na Libertadores. A verdade é que talvez nem mesmo uma intervenção divina seria capaz de suplantar a superioridade do Rosario Central nos dois confrontos por uma vaga nas quartas de final. A supremacia ficou evidente nesta quinta-feira, num inflamado Gigante de Arroyito. Os “Canallas” atropelaram a equipe de Roger Machado com um 3 a 0 soberano, no duelo da volta, para carimbar a classificação e atribuir ao Tricolor a quarta queda seguida nas oitavas de final da competição.
Isso, que os argentinos nem precisavam de um triunfo ou de uma atuação de gala. Após vencer o Grêmio por 1 a 0 na Arena, no jogo de ida, podiam até se contentar em segurar o empate diante da torcida para ficar com a vaga. O 3 a 0 foi luxo, e a vaga, mais do que merecida.
COMO FICA
O Rosario Central avança para enfrentar o Atlético Nacional, da Colômbia, nas quartas de final da Libertadores, com primeiro jogo no Gigante de ARroyito – os colombianos são donos da melhor campanha da primeira fase. Após a queda, o Grêmio fica sem compromissos até a estreia no Brasileirão, contra o Corinthians, em São Paulo, no próximo dia 15.
FANTASMA DAS OITAVAS
O tropeço para o Rosario teve ares de Déjà vu aos gremistas em solo argentino. Não à toa. Com a derrota no Gigante de Arroyito, o Tricolor acumula sua quarta eliminação seguida nas oitavas de final em participações na Libertadores. Curiosamente, todas as quedas foram contra times com referências católicas: Universidad Católica (2011), Independiente Santa Fe (2013), San Lorenzo (2014) e Rosario Central (2016).
DESTAQUEO CARRASCO Donatti até anotou o último tento do triunfo por 3 a 0, ao subir de cabeça livre dentro da área, mas o carrasco da trágica eliminação gremista veste a camisa 9 e atende por Marco Ruben. O atacante de 29 anos anotou o gol da vitória argentina na Arena e abriu caminho para o passeio no Gigante de Arroyito com faro e frieza de matador. Primeiro ao se antecipar à zaga em cruzamento da esquerda. Depois, ao converter de pênalti.