A longa negociação do Grêmio com a empreiteira OAS para selar a compra da gestão da Arena ainda rende desdobramentos e novas nuances. Entre idas e vindas, com o desfecho já dado como iminente e bem distante, o clube formulou uma nova modelagem de negócio, que já foi bem aceita pela construtora. A expectativa, agora, é de ter documentados os interesses de todos os envolvidos no negócio até o final do ano para, assim, homologar o acordo.
Em entrevista à RBS TV, o presidente Romildo Bolzan garante que já existe um “encaminhamento definitivo” para a finalização do negócio junto aos bancos envolvidos no financiamento da obra e à OAS. A tratativa se encontra em “fase de definição”.
– Estamos evoluindo para uma nova modelagem, praticamente bem aceita e encaminhada pelos agentes do processo e podemos ter situações de encaminhamento definitivo para finalização do entendimento das partes. Não significa que tomará posse, mas pelo menos limparemos as dificuldades e consensuaremos interesse do Grêmio, OAS, da Caixa, dos bancos, e documentaremos para as esferas judiciais, que são necessárias para homologar o acordo. Os acordos estão com muito poucas dificuldades. As conversas nunca foram interrompidas. Estão em fase de quase definição – afirma o presidente.
Em setembro do ano passado, o clube chegou a um acordo com a OAS e os três bancos envolvidos no negócio . Recentemente, porém, o presidente Romildo Bolzan Júnior chegou a afirmar que o clube poderia desistir da negociação, toda alinhavada, se não evoluísse até o final do ano, devido a entraves. O Tricolor também poderia ir para a Justiça para tentar assumir a gestão do estádio. O que não deve ocorrer, dado o andamento das tratativas, que foram apresentadas recentimente no conselho deliberativo.
– O Grêmio não desistirá do negócio porque tem perspectiva de finalizá-lo. Creio que documentado sim (até fim do ano), mas a posse e finalização do negócio dificilmente durante esse ano – ressalta o mandatário.
O ex-presidente do Grêmio, Fábio Koff, anunciou o acordo com o OAS em outubro de 2014, pouco antes da eleição que definiu Romildo como presidente gremista. A compra da gestão do estádio é vista como fundamental para o futuro do clube, que desde a inauguração da nova casa, em dezembro de 2012, passou a ter de pegar cerca de R$ 18 milhões anuais para a construtora OAS, além de ficar sem a renda das bilheterias.