Muito rendimento e lucro na hora da revenda são as condições impostas pelo Grêmio para a contratação de reforços.
Com dificuldade para encontrar jogadores que preencham os dois requisitos, o clube não deverá anunciar novos nomes até o fim do Brasileirão.
A frustração nas tratativas para trazer o atacante chileno Carlos Munõz, somada ao bom desempenho do time sob o comando de Roger Machado fizeram a direção repensar a corrida por reforços.
Por ora, os acréscimos serão o meia uruguaio Maxi Rodriguez, já com chances de ser relacionado para o jogo contra o Avaí, sábado, e o atacante Fernandinho, que voltará no final do mês do italiano Hellas Verona.
— Com Fernandinho, resolveremos boa parte dos problemas. Às vezes, o jogador não brilha em determinado momento e estoura em outro, dependendo da confiança do treinador — avalia o presidente Romildo Bolzan Júnior.
Está decidido que só serão trazidos jogadores que sejam solução dentro de campo e gerem lucro na saída.
A política de contenção financeira foi mantida até mesmo na tentativa de contratar o centroavante Ricardo Oliveira. O Grêmio chegou ao seu limite e desistiu quando o Santos renovou duplicando o salário do jogador.
No caso de Muñoz, também foi obedecido o teto salarial. O Grêmio pagaria R$ 120 mil mensais. O jogador, contudo, preferiu voltar a seu país.
Há uma previsão de flexibilização dessa política apenas para 2016, quando se espera uma maior geração de recursos a partir da compra da gestão da Arena.
— Se não tiver estas condições, não vem. Tem que dar rendimento e lucro — avisa Bolzan.
O dirigente acredita que o time possa fazer boa campanha no Brasileirão mesmo com o atual grupo. Não descarta um salto na tabela se for mantido o mesmo rendimento dos últimos jogos. Também há uma boa expectativa em relação a êxito na Copa do Brasil.
— Tudo é possível no mata-mata. Temos tradição nesse modelo — diz Bolzan.