Sempre expressei que, na qualidade de torcedor gremista, tenho muito orgulho das vitórias, das emoções e dos feitos que meu time do coração me proporcionou e segue proporcionando.
E faço essas referências com muito respeito aos adversários, porque cada um deles tem suas virtudes, melhores ou piores do que as nossas. Derrotas, às vezes, são muito emotivas e proporcionam fortes movimentações no coração.
O Grêmio, a partir de um determinado momento, alcançou um nível de maturidade, autoconfiança e capacidade de resgatar situações difíceis, independentemente do local em que estivesse disputando uma final de campeonato. O tricolor foi tricampeão invicto da Copa do Brasil num Maracanã lotado contra o Flamengo, venceu num Morumbi lotado duas vezes, contra São Paulo e Corinthians, foi foi bicampeão da Libertadores em Medellín.
Por essas virtudes de alforria e independência, tenho muito orgulho das vitórias do time pelo qual torço. Respeito muito as grandes conquistas coloradas, campeão da Libertadores, campeão mundial etc., mas penso que falta ao grande rival, e não sei os motivos, ser campeão na casa dos adversários.
Inter deve buscar esse privilégio
E mesmo que a derrota para o Tigres não tenha sido em uma final, a torcida do Inter frustrou-se em demasia, porque levava como certa a classificação, na medida em que o futebol mexicano não é competitivo, nunca ganhou nada e busca seu primeiro título de Libertadores.
O Grêmio deve carregar na sua genética, no seu DNA, esse privilégio alcançado com muita luta. O Inter deve buscá-lo, para que não se diga que só vence decisões no caldeirão do Beira Rio, que realmente faz a diferença.