A concorrência acirrada com grandes redes fez com que o Círculo optasse pelo fechamento de 10 farmácias na Serra. A medida, que já começou a ser implantada e deve ser concluída até o dia 31 de dezembro, atinge nove lojas em Caxias do Sul e uma em Flores da Cunha.
— O principal motivo é a remuneração do capital de giro, que não é suficiente. A rentabilidade é muito baixa. Quanto maior a rede e o número de lojas, existe diferenciação de preços pelos grandes laboratórios, e não conseguimos acompanhar — afirma o superintendente executivo da operadora de saúde e administrador das farmácias, Roberto Toigo.
Conforme Toigo, que também é um dos quatro conselheiros da entidade, o Círculo já chegou a ter 32 lojas. Até a semana passada, 19 estavam em funcionamento.
— No passado, o Círculo expandiu a rede de farmácias e hoje estamos optando pelo encolhimento. Entendemos que as farmácias não são prioridade. Mesmo assim, continuamos atendendo nossos associados da mesma forma — salienta o executivo.
Toigo explica ainda que, desde 2014, a operadora tem apostado na venda online, o chamado e-commerce, que atrai cada vez mais clientes.
— Entendemos que o futuro é por aí — acredita.
Segundo Toigo, a maior parte dos colaboradores das farmácias que já foram ou ainda serão desativadas deve ser absorvida em outras unidades administradas pelo Círculo, como hospital, laboratório e plano de saúde. No entanto, ele admite que cerca de 40 serão desligados. Atualmente, a entidade emprega cerca de 1,2 mil funcionários.