Torcida emociona Seleção e tem paciência até festejar virada

A torcida paulista é conhecida por ser mais crítica em relação à Seleção Brasileira, mas emocionou os jogadores antes mesmo do início da partida desta quinta-feira e teve paciência até a virada por 3 a 1 sobre a Croácia, para vibrar e gritar “olé” no estádio de Itaquera.

Assim como aconteceu em diversos estádios da Copa das Confederações, os brasileiros não se calaram quando o sistema de som interrompeu o hino nacional. Com jogadores como Júlio César, Neymar, Oscar e Paulinho emocionados, todos nas arquibancadas deram sequência até gritarem “pátria amada, Brasil”.

Quando a bola rolou, diante dos 62.103 espectadores, os brasileiros seguiram entoando cantos de incentivos à equipe. Em menos de cinco minutos, os fãs presentes nas arquibancadas soltaram o já conhecido “sou brasileiro, com muito orgulho e muito amor”. A fé na Seleção não sucumbiu também quando Marcelo mandou contra o próprio gol, aos dez minutos.

Antes de o jogo ser reiniciado, os torcedores gritaram “Brasil, Brasil, Brasil”. A partir do gol croata, a partida ficou tensa para os donos da casa, mas isso não tirou a paciência de quem estava nas arquibancadas. Os fãs brasileiros continuaram incentivando e também vaiaram sempre que a Croácia tentava retardar a partida, em faltas sofridas e tiros de meta.

A situação ficou mais tranquila com o gol de Neymar, que fez parte do público entoar “o campeão voltou”. Os jogadores perceberam que cada demonstração de garra era recompensada por aplausos, como no momento em que Marcelo impediu um cruzamento dando carrinho e ouviu seu nome ser gritado. Em clima de confiança, o primeiro tempo terminou com aplausos.

Na volta do intervalo, muitos não puderam gritar, pois demoraram nas filas das lanchonetes e retornaram aos seus lugares quando a bola já estava em jogo. Até mesmo a torcida da Croácia foi ouvida neste momento, mas por poucos instantes. Com a partida cada vez mais tensa no início da etapa final, o público tentou incentivar com uma ‘ola’, aos 15 minutos – os croatas também participaram.

Porém, o técnico Luiz Felipe Scolari sabia que só o público não seria suficiente e mudou seu time, tirando Paulinho para colocar Hernanes. Bernard também entrou no jogo, na vaga de Hulk, e a torcida, que estava quieta, vibrou. Mas os anfitriões teriam um motivo mais forte para comemorar poucos minutos depois, quando Neymar converteu pênalti polêmico para decretar a virada.

Com o placar favorável, parte da torcida voltou a xingar a presidente Dilma Rousseff, que estava sentada ao lado do mandatário da Fifa, Joseph Blatter, nas tribunas. A política já havia sido ofendida durante a cerimônia de abertura, mesmo sem ter feito discurso.

Quando o protesto acabou, a torcida demonstrou empolgação com o jogo, gritando o nome de Neymar, que mostrou nesta quinta-feira que terá de carregar a responsabilidade de estrela da Seleção. Antes do apito final, os brasileiros até gritaram “olé”, tiveram a chance de ovacionar o camisa 10 do Brasil, substituído por Ramires, e ainda se despediram do jogo comemorando o gol de Oscar.