“Acreditem: quando ouvirem falar das chamadas telefônicas duras que estou tendo, não se preocupem. Não se preocupem”, disse Trump durante o Café da Manhã Nacional de Orações, um encontro anual em Washington. “Praticamente, todos os países do mundo se aproveitaram de nós, mas isso não vai continuar”, prosseguiu. “O mundo tem problemas, mas vamos resolvê-los, está bem? Isso é o que faço: resolvo as coisas.” rump respondia assim às informações surgidas nas últimas horas sobre o tom pesado, e até mesmo agressivo, que usou em pelo menos duas conversas com líderes internacionais. A Casa Branca desmentiu a notícia de que Trump ameaçou o presidente Enrique Peña Nieto, segundo afirmou inicialmente a agência AP, com o envio de tropas norte-americanas ao México para lidar com os bad hombres – termo preconceituoso que o republicano já usou para se referir aos imigrantes e criminosos latinos como os cartéis da droga. Nesta quinta, fontes da presidência dos EUA disseram, segundo a mesma agência, que essas palavras haviam sido ditas não em tom de ameaça, e sim de brincadeira. Não deve ter causado muita graça a um presidente como o mexicano, atingido por Trump reiteradas vezes com seus insultos aos imigrantes, seu projeto de construir um muro fronteiriço e sua afirmação de que o México terá de pagar pela obra que rejeita. Foi por esse motivo que Peña Nieto cancelou, na terça passada, a reunião com Trump em Washington programada para esta semana. A conversa que ambos mantiveram, um dia depois da suspensão da viagem, tinha como objetivo limar as arestas e manter aberta uma via de diálogo. O Governo mexicano também descartou publicamente a suposta ameaça, afirmando que o tom da conversa telefônica de Trump com Peña Nieto na sexta foi “construtivo”. Um termo semelhante ao utilizado nesta quinta pelo primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, ao desmentir também que Trump desligou...